A Presença de Muzan: O Anime vs Mangá
No mangá, Muzan sofria de um problema curioso: sua aura de ameaça diminuía conforme as Luas Superiores ganhavam destaque. Enquanto Akaza, Doma e Kokushibo tinham histórias trágicas e motivações complexas, Muzan parecia apenas... um chefe mimado com medo do sol.
Porém, o anime corrigiu esse desequilíbrio. Através:
- Da direção de arte (sua transformação final é muito mais aterrorizante na animação)
- Da voz de Toshihiko Seki (que mistura frieza e histeria perfeita para um vilão milenar)
- Do ritmo (sua aparição no arco da casa de diversões ganhou muito mais peso)
O resultado foi Ele voltando a parecer a ameaça suprema que deveria ser.

Objetivos: Simples, Mas Eficazes
Muzan não quer dominar o mundo ou provar uma filosofia – ele quer sobreviver. Virar um demônio foi seu primeiro passo; conquistar o sol, o último. E quando isso falha, seu plano B é criar um legado (procurando criar seu herdeiro através da pessoa que ele, talvez, mais tinha repúdio).
Por que isso funciona?
É primitivo: Medo da morte + desejo de poder = instinto puro.
E isso justifica tudo em Demon Slayer. Se ele não fosse tão obcecado, os Caçadores não existiriam.
Também faz de Muzan um contraste perfeito para Tanjiro. Enquanto o protagonista aceita a morte como parte da vida, Muzan a rejeita com unhas e dentes.

Veredito: Um Vilão que Cumpre Seu Papel (Mas Não Inova)
Pontos fortes:
- Representa o mal absoluto sem desculpas (raro em animes atuais)
- Sua influência molda todos os vilões secundários (as Luas Superiores são reflexos de seus traumas)
- Design icônico (especialmente no anime)
Pontos fracos:
- Falta profundidade psicológica comparado a Akaza ou Kokushibo
- Motivações muito básicas para 1.000 anos de existência
- Pouco carisma (ele é mais "força da natureza" que "personalidade")
Muzan é bom no que se propõe – ser o primeiro e último demônio – mas não chega aos pés de vilões como Meruem (Hunter x Hunter) ou Griffith (Berserk).

E Você? Acha Que Muzan é Subestimado ou Só "Mediano"?